terça-feira, novembro 28, 2006

Maria Barros



A análise transversal das múltiplas visões que o corpo em si pode projectar. O corpo como carne, como massa vulnerável de mutação permanente, que em sua verdade é pleno de uma garantia sublime de humanidade, é uma matéria viva e latejante, um documento precioso de memória.

A procura de relevos carnais que se tocam, que se encaixam, debatendo-se delicadamente; enroscando-se, dobrando-se, enrugando-se para se esticarem depois. Corpos que se entrecruzam em género de árvores plantadas muito proximamente, e crescem expandindo-se milimétricamente no tempo.

Massas de carne são então abrigos da alma. São invólucros que apontam para a possibilidade, através das relações mundanas e carnais de se atingir uma forma de refinamento na capacidade de ser e de sentir.

Maria Barros

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